segunda-feira, 7 de junho de 2021

MARIO GROSSO - o último presidente da era Palestra e o primeiro da era Cruzeiro

Mario Grosso de terno branco entre dois dirigentes do Cruzeiro

MARIO GROSSO
Mandato 1943/47 (Nasceu em 1 de maio). Foi eleito presidente do Cruzeiro em 17 de dezembro de 1942. Em outubro o clube havia alterado a denominação de Palestra Itália para Cruzeiro. Como os estatutos com a aprovação do novo nome ainda não haviam sido aprovados pela Federação Mineira,  o clube ainda atuou oficialmente como Palestra até fevereiro de 1943. Assim, Mario Grosso foi, ao mesmo tempo, o último presidente da era Palestra e o primeiro da era Cruzeiro. Em sua gestão reconstruiu o estádio do Barro Preto que teve um custo total de Cr$ 500 mil. Foi reeleito, em 31 de janeiro de 1945, para mais dois anos de mandato. Neste segundo mandato inaugurou o estádio do Barro Preto (reconstrução) que passou a ter sistema de iluminação.
Foi reeleito presidente, em 10 de março de 1947, para mais dois anos de mandato, mas renunciou em 16 de maio, sendo acompanhado por toda a diretoria, inclusive o técnico Bengala. Deixou o clube saneado e com Cr$ 40 mil em caixa. 
Sua passagem pela presidência foi marcada pela negociação dos craques do time para o Botafogo e outros clubes do eixo Rio-S. Paulo com a justificativa de manter as contas do clube em dia. Essa medida começou antes de ser presidente. Quando foi tesoureiro em 1941, negociou o passe do zagueiro Caieira ao Botafogo (RJ) por 30 contos de réis. Com o dinheiro colocou em dia os 21 contos das luvas que o clube devia aos atletas e ainda livrou o clube do pagamento de 10 contos das luvas ao próprio Caieira. Associados e conselheiros criticaram a venda e acusaram Mario Grosso de pouco construtivo. Magoado, ele pediu a renúncia, mas recebeu o apoio do Diretor Geral de Esportes Wilson Saliba e de Rosa Silva. O Conselho dos Natos recusou sua demissão. Mario Grosso trocou de cargo com Wilson Saliba. Renunciou ao cargo de diretor de esportes do clube, em julho de 1942. 
Sua maior característica como presidente foi a de conciliador. Era o único dirigente capaz de unir todas as correntes políticas do clube. Quando deixou a presidência em 1947 para se dedicar as questões pessoais, o clube se dividiu em várias correntes e passou a viver uma das maiores crises políticas de sua história. 
Foi candidato a vereador em 1947. Após o pedido de licença do presidente Manuel França Campos, em 8 de novembro de 1950, assumiu interinamente o cargo de presidente. Na ocasião, revelou que o clube tinha um déficit mensal de Cr$ 25 mil. Defendeu a continuidade no regime profissional e na disputa do Campeonato da Cidade, mas numa votação do conselho, ficou decidida a venda de todo o plantel o profissional e a promoção de todo o time juvenil - campeão invicto. Foi a maior renovação promovida no plantel em toda a história do clube. Foi diretor de futebol em 1953.
Como presidente do Cruzeiro foi Campeão da Cidade de 1943/44/45. 

Formação da diretoria 1943/44 
Presidente: Mário Grosso
Vice Presidente: Herbert Brant Aleixo
Presidente Comissão Fiscal: Oswaldo Pinto Coelho
Vice Presidente Comissão Fiscal: Amintas de Barros
Comissão Fiscal: Ennes Ciro Poni, Jorge Ferraz, João Félix Generoso
Diretor Geral de Esportes: Antônio Cunha Lobo
Secretário Geral: Edu Lopes Cançado
2o Secretário: João de Araújo Ferraz (foi convocado para a 2a Guerra Mundial); José Fialho Pacheco (convidado em 07/05/1944)
Tesoureiro: Mário Tornelli
Conselheiros eleitos em 14/12/1942 
Alfredo Noce, Amintas de Barros, Antônio Lima Andrade, Antônio Pacce, Braz Pelegrino, Cisalpino Gontijo, Ennes Ciro Poni, Francisco Ribeiro, Gualter Gontijo, Guilherme Antonini, Herbert Brant Aleixo, João Fantoni (Ninão), João Felipe Peixoto, Cel. Joaquim Ribeiro, Jorge Ferraz, Mário Grosso, Mário Tornelli, Maurílio de Oliveira, Miguel Perrella, Moacir Souza, Oswaldo Pinto Coelho, Sinval Soares Gouveia, S. Peixoto Guimarães, Virgílio Baptista, Wilson Saliba 
Suplentes: Abrão de Paula Moreira, Afonso Pereira Sampaio, Antônio Cunha Lobo, Antônio de Deus Vieira, Aristeu Lodi, Carlos Antonini, Custódio Pereira Pinto, Edu José Cançado Lima, Francisco Garbacio, Geraldo Malleta, Heli Mota, Hilton Brant Aleixo, Ítalo Bertoldo, Ítalo Frattesi (Bengala), Jerônimo Côrte Real, João Araújo Ferraz, João Mazilio, José Chiari, José Feldman, José Maria Santana, Lourenço Volpini, Lucas Gouveia, Luís Gatti, Murilo Erse, Nilo Serafim

Formação da diretoria 1945/46
Presidente: Mário Grosso (reeleito por aclamação)  
Vice Presidente: João Araújo Ferraz 
2oVice Presidente: Artur Martini 
1o Secretário: João Fialho Pacheco 
2o Secretário: Miguel ? 
1o Tesoureiro: Mário Tornelli
2o Tesoureiro: Maurílio Oliveira 
1o Diretor de Esportes: Antônio da Cunha Lobo (pediu demissão em agosto, mas o conselho não aceitou em 11/09/1945) 
2o Diretor de Esportes: Nello Nicolai 
Diretores Sociais: Geraldo Cota e Wilson Saliba 
Departamento de Remo: Capitão José Osvaldo Campos Amaral
Médico: Nagib Saliba e Geraldo Malleta
Secretaria (funcionário): Azevedo
Presidente Conselho Deliberativo: Oswaldo Pinto Coelho
Conselheiros: Amintas de Barros, Francisco Ribeiro; Gualter Gontijo Maciel; Alfredo Noce; Ninão; Sinval Peixoto Guimarães; Mario Tornelli; Antônio Cunha Lobo; Nilo Serafim; Afonso Pereira Sampaio; Moacir de Sousa; Maurilio Oliveira; Jeronimo Corte Real; Wilson Saliba; Ennes Cyro Pony; Guilherme Antonini; Mario Grosso

Formação da diretoria em 1947
Presidente: Mário Grosso (reeleito em 10/03/1947)
1o Vice Presidente: João Araújo Ferraz
2o Vice Presidente: Maurílio de Oliveira 
Secretário Geral: Britaldo Silveira Soares 
1o Secretário: Fernando Tamietti 
2o Secretário: Ernesto Baragli 
Tesoureiro Geral: Mário Tornelli 
1o Tesoureiro: Nicola Costa 
2o Tesoureiro: Francisco Ribeiro Filho 
Diretor Social: Guilherme Antonini 
Diretor Geral Esportes: Harry Leite (deixou a diretoria de árbitros da FMF) 
1o Diretor Esportivo: Nello Nicolai 
2o Diretor Esportivo: Antônio Cunha Lobo 
Diretor Esportes Especializados: Helton Brant Aleixo 
Diretor Departamento Médico: Geraldo Malleta
Renúncia em massa da diretoria, incluindo o técnico Bengala em 16/05/1947

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