quinta-feira, 7 de março de 2024

CORONEL - lateral esquerdo do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 1982

CORONEL
Lateral esquerdo. José Constantino Filho (Timóteo, MG, 19/5/1961). Veio do Social de Coronel Fabriciano para o infantil do Cruzeiro em 1975. Seu pai José Constantino Alves foi prefeito de Raul Soares em três mandatos. O técnico Lincoln Alves sugeriu chamá-lo de Coronel, pois achava que José Constantino não era nome de jogador. No Juvenil foi bicampeão estadual de 1978 e 1979. Foi promovido ao time profissional, aos 19 anos, pelo técnico Barbatana em 1979. Teve apenas uma oportunidade, quando Barbatana não pode contar com Nivaldo e Bianque. Assim, Coronel foi escalado como titular no clássico contra o América, pelo segundo turno, em 15/7/1979. 

Tempos de Bendelack e Toby
A frase "o time está tuim ruim, como o dos tempos de Bendelack e Toby" passou a ser uma referência de time medíocre para a geração de torcedores cruzeirenses que vivenciaram a campanha desastrosa no Campeonato Brasileiro de 1982. A frase permaneceu entre os torcedores cruzeirenses até meados da década de 1990. O time formado pela diretoria para a disputa daquele Brasileirão contou com as contratações do atacante Bendelack e do armador Toby - que eram desconhecidos e atendiam por apelidos diferentes. A campanha foi um vexame histórico. Muitos atletas contratados que formaram a Legião Estrangeira do Campeonato Mineiro de 1981 foram dispensados após a disputa, além dos contratados para o Brasileirão de 1982. A lateral esquerda foi um dos problemas crônicos da equipe naquele Campeonato Brasileiro. Vários atletas (Adán Machado, Serginho, Carioca e Gilmar) foram testados na posição e nenhum agradou ao técnico Brito. Coronel foi escalado como titular nas duas partidas contra o Operário e contra o Bahia, na primeira fase. Não entrou mais na equipe.

Classificação na repescagem
Na primeira fase, o time sofreu goleadas históricas para Bangu, Mixto, Bahia e Operário (MS) e quase foi eliminado. Para se classificar para a segunda fase teve que disputar uma partida (de repescagem) contra a Desportiva (ES). O time venceu por 1-0, com gol do zagueiro Abel e se classificou.

Eliminação para a Anapolina e fim da Legião Estrangeira
Na segunda fase, o Cruzeiro foi eliminado após sofrer duas derrotas para a Anapolina, sendo a segunda, em pleno Mineirão. Após a partida, a diretoria comunicou a dispensa do técnico Brito e a contratação do experiente Yustrich para substituí-lo. Ainda restava a última partida contra o Fluminense e o lateral direito Nelinho se recusou a continuar no clube após a contratação de Yustrich. Ambos haviam se desentendido na última passagem do técnico pelo Cruzeiro em 1977. Em crise e já eliminado, o time se despediu do Brasileirão sofrendo uma goleada por 4-0 para o Fluminense, no Maracanã. Após o Brasileirão, uma crise politica se instalou no clube. Conselheiros exigiram a renúncia do presidente Felício Brandi e até um impeachment foi proposto em 5 de maio. Coronel ainda permaneceu como atleta do clube até fevereiro de 1984, quando recebeu o atestado liberatório. Seguiu a carreira do pai e tornou-se político. Foi por 8 anos vereador de Timóteo, além de secretário municipal. 

Todas as partidas de Coronel pelo Cruzeiro (pela ordem):
15/07/1979 - 0 x 2 América - Campeonato Mineiro - Mineirão*
24/01/1982 - 2 x 0 Bahia - Campeonato Brasileiro - Mineirão*
28/01/1982 - 0 x 1 Operário - Campeonato Brasileiro - Pedro Pedrossian (Campo Grande, MS)*
07/02/1982 - 1 x 3 Operário-MS - Campeonato Brasileiro - Mineirão*
Obs: em asterisco as partidas como titular

Campeonato Brasileiro - 1982 - 3 partidas
Campeonato Mineiro  - 1979 - 1 partida
Total: 4 partidas oficiais

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