segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

BAIANO - atacante reserva do Cruzeiro Tricampeão Mineiro de 1972/73/74


BAIANO
. Atacante. Waldir Pereira Souza (Januária, MG, 4/10/1951; +Belo Horizonte, MG, 9/4/1990). Disputou 104 partidas oficiais e marcou 11 gols entre 1971 e 1975, além de 17 amistosos em que marcou 1 gol. Campeão Mineiro de 1972, 1973 e 1974. 

Parceria com o Atlético Três Corações no Campeonato Mineiro de 1970
O atacante Baiano surgiu no juvenil do Cruzeiro em 1967 e veio trazido de Januária pelo seu irmão. Com a extinção dos aspirantes em 1969, os atletas que formavam a categoria ficaram sem atividade. Foi aí que o atacante Baiano participou de um momento histórico. A diretoria do Cruzeiro firmou uma parceria com o Atlético Três Corações e emprestou todo os atletas aspirantes mais a comissão técnica, para a disputa do Campeonato Mineiro de 1970. O Atlético tricordiano passou a ser uma espécie de filial do Cruzeiro naquele estadual. Isto não havia acontecido antes na história dos estaduais. Assim foram emprestados Miro, Marcílio, Peconick, Aloísio, Geraldo Galvão, Zé Maria, Valdir, Luiz Fábio (o Ananias), Baiano, Batista, Petronilho, Jeremias e etc. A equipe terminou o estadual na 9a posição e, curiosamente, tirou um ponto do próprio Cruzeiro no Campeonato, quando arrancaram um empate (0-0), no Mineirão. O goleiro Tião ainda defendeu um pênalti cobrado por Zé Carlos. Ao retornar foi emprestado ao Fluminense de Araguari

Venezuela e Maracanazo
Em 1971 seguiu o caminho de muitos atletas jovens do clube nos anos 60 que, sem espaço no time profissional, eram emprestados ao futebol venezuelano, onde se ofereciam bons contratos. Foi pro Deportivo Italia da Venezuela para a disputa da Taça Libertadores. Participou da vitória histórica (1-0) do Deportivo Italia sobre o Fluminense, no Maracanã. O resultado foi considerado como a primeira zebra da Libertadores e levou o apelido de Maracanazo - uma alusão a final da Copa do Mundo de 1950 em que o Brasil, favorito ao título, foi surpreendido pelo Uruguai. Naquele time do Deportivo Itália, o técnico era Elmo, ex-atacante do Cruzeiro, e ainda contava com outros dois atletas que tiveram passagem pelo Cruzeiro como o o lateral Tenório (autor do gol histórico), o zagueiro Vicente e o goleiro Vito Fassano. Baiano participou desta partida histórica para o futebol venezuelano substituindo no decorrer da partida o atacante Alcyr Freitas.

Integrado ao profissional
Ao retornar da Venezuela, Baiano foi integrado ao time profissional do Cruzeiro. No Campeonato Brasileiro de 1971 foi reserva imediato de Roberto Batata e participou de 9 partidas. No ano seguinte, disputou 6 partidas da campanha do título estadual de 1972, incluindo a decisão contra o Atlético, vencida na prorrogação. Também fez 11 partidas pelo Campeonato Brasileiro. Já em 1973, firmou-se no plantel e passou a ser muito utilizado a partir da Taça Minas Gerais - competição criada pela Federação Mineira naquele ano para anteceder o Campeonato Mineiro. 

Baiano foi a origem da polemica na decisão contra o Vasco
Ainda como reserva imediato de Roberto Batata, o ponta direita Baiano foi aproveitado em metade das partidas da campanha do Campeonato Brasileiro de 1974 em que Cruzeiro e Vasco terminaram empatados na primeira colocação. O título foi decidido em partida única, no Maracanã, após o Cruzeiro ter sido penalizado pelo STJD, com a perda do mando de campo, devido a uma invasão de campo na partida contra o mesmo Vasco, no quadrangular final, no Mineirão. A decisão foi transferida de BH para o Rio. Foi de Baiano o lance polemico da partida quando o Vasco vencia por 2 a 1. Ele desarmou o lateral esquerdo Alcir na linha lateral e cruzou a bola para a área. O volante Zé Carlos completou de cabeça marcando o gol. No entanto, o lance foi anulado pelo árbitro Armando Marques que alegou que Baiano havia puxado o lateral esquerdo Alfinete antes de correr para a área e fazer o cruzamento. O gol de Zé Carlos não foi validado e o Vasco manteve o resultado de 2 a 1 sagrando-se campeão brasileiro. 

Pouco aproveitado
Após o término do Brasileirão, Baiano foi aproveitado em apenas 4 partidas na campanha do título do tricampeonato mineiro de 1974. No ano seguinte voltou a ser pouco aproveitado e, após a eliminação da Libertadores, foi para o Náutico em 1975.

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