Veio de Passos (MG) para o juvenil do Cruzeiro em fevereiro de 1966. Logo, teve sua primeira oportunidade no time profissional ao participar de um amistoso contra o Cerro do Uruguai, no Mineirão, em 24/3/1966. Naquele ano integrou as categorias de aspirantes e juvenis sagrando-se campeão mineiro em ambas. Foi um dos amadores inscritos no Campeonato Brasileiro de 1966. Desta forma sagrou-se campeão brasileiro como inscrito.
Em 1967 voltou a ser campeão mineiro de aspirantes e, em 1968, foi Campeão Mineiro Juvenil sendo um dos destaques do Estadual ao se tornar o goleador máximo com 22 gols marcados. Em novembro ganhou uma nova chance no profissional e participou das rodadas finais do Campeonato Brasileiro. Disputou 5 partidas e marcou 2 gols.
Em 1969, teve nova chance no time profissional e disputou 7 partidas da campanha do vice-campeonato brasileiro em que o time perdeu o título para o Palmeiras por ter tido um saldo de um gol a menos. Gilberto marcou apenas 1 gol na campanha.
Em maio de 1970 integrou o mistão do Cruzeiro que excursionou ao nordeste disputando amistosos. Integrou o time reserva escalado nas 6 últimas rodadas do Campeonato Mineiro, enquanto os titulares excursionaram a Venezuela e ao Amazonas. As partidas serviram apenas para cumprir tabela, já que o time não tinha mais chances de chegar ao título.
Misto Quente no Campeonato Mineiro e Cruzeiro Exportação
O atacante Gilberto participou de mais um momento histórico do Cruzeiro e do Campeonato Mineiro. O Cruzeiro estava excursionado ao exterior desde janeiro e as propostas vantajosas, com contratos em dólar, para o time se apresentar em outros países não cessavam. A diretoria cruzeirense não queria perder a oportunidade, pois tinha que fazer caixa para manter os salários dos craques do time, como Dirceu Lopes, Zé Carlos, Piazza, Fontana, Perfumo, Tostão e Raul, que eram, constantemente, cobiçados pelos clubes do eixo Rio-São Paulo. O presidente do Cruzeiro Felício Brandi reclamava do deficitário Campeonato Mineiro e decidiu escalar o mistão que disputou a Taça Belo Horizonte no Estadual. Foi uma iniciativa sem precedentes no Campeonato Mineiro que, naquela época, era um título muito valorizado. Os titulares passariam a atuar nos amistosos pelo Brasil e, principalmente, no exterior. A medida dividiu opiniões e foi recebida com protestos por parte dos clubes do interior que se viram prejudicados com a diminuição das rendas das partidas. Por outro lado, Felício Brandi se defendia e dizia que estava colaborando com o ministro da fazenda, Delfim Neto, que incentivava as exportações brasileiras e até criou o slogan "Exportar, é a libertação". Felício argumentou que o futebol era o produto do Cruzeiro e que o clube iria colaborar com a economia do país. Foi a partir daí, que o clube ganhou o apelido de "Cruzeiro Exportação" que permaneceu no linguajar da torcida cruzeirense até o final dos anos 80. O time misto realizou uma campanha surpreendente no Estadual que rendeu o apelido de "Misto Quente". Enquanto isso, os titulares disputaram 7 amistosos pela Colômbia, Costa Rica, Honduras, Guatemala, El Salvador e Panamá, além de um torneio amistoso com dois amistosos na Bahia. Gilberto formou o trio de meio de campo do time misto com Toninho Almeida e Spencer, que também haviam sido promovidos dos juvenis.
Quando os titulares estavam no Panamá, a diretoria cruzeirense recebeu uma intimação do Conselho Nacional do Desporto para que retornassem ao Brasil e disputassem o Campeonato Mineiro sob a ameaça do clube ser penalizado de exclusão do próximo Campeonato Brasileiro. Assim, o clube teve que cancelar à excursão que faria a Ásia e os titulares retornaram. O misto quente foi desfeito, após a 10a rodada do turno - antes da rodada final contra o Atlético. Terminou a campanha na 2a colocação do Estadual, com 2 pontos atrás do líder América e 4 pontos de vantagem sobre o 3o colocado, o Atlético. O atacante Gilberto não atuou mais pelo Estadual e, sem chances no time titular, foi emprestado ao Londrina, de maio a setembro de 1971, junto com os zagueiros Moraes, Darci, Vicente e o lateral esquerdo Vanderlei. Recebeu o atestado liberatório em fevereiro de 1972.
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