LUIZ FERNANDO GOMES. Meia esquerda. Luiz Fernando Gomes da Costa (Porto Alegre, RS, 15/11/1971). Disputou 32 partidas oficiais e marcou gols entre 1995/96. Campeão da Copa Ouro 1995, Campeão da Copa Master de 1995 e Campeão Mineiro de 1996.
Em seu primeiro ano de gestão, o presidente Zezé Perrella contratou 11 atletas pro início da temporada de 1995 (Estadual e Copa do Brasil). Foi uma medida inédita na história do clube. Por motivos diversos, à exceção do atacante Marcelo Ramos, nenhum se firmou. Luiz Fernando Gomes foi um dos contratados, junto com Marcelo Ramos, Odemilson, Pingo, Tiganá, Junior, Maurício, Sandro, Missinho, Dinei e Serginho. Apesar do fracasso, os pacotes de contratações de temporada continuam acontecendo até os dias atuais.
Foi titular da Seleção Brasileira Sub20 no Mundial de 1990. Veio do Internacional em 7/2/1995 por US$ 500 mil. Sua trajetória no Cruzeiro foi prejudicada por uma série de lesões. A primeira foi uma lesão muscular, logo no treino de véspera de sua estreia contra o Democrata de Sete Lagoas, que o afastou por duas semanas. Após disputar duas partidas contra a Caldense, pelo Estadual e contra o CSA, pela Copa do Brasil, Luiz Fernando sentiu o joelho no início do segundo tempo contra o Olimpia, na segunda partida da decisão da Copa Master, no Mineirão. Como o técnico Carlos Alberto Silva já havia processado duas alterações (limite permitido na época) no intervalo, Luiz Fernando permaneceu em campo apenas para "fazer número". Sua ausência tornou a partida dramática para o Cruzeiro no segundo tempo. Ainda assim, o time conseguiu fazer 1-0 e conquistar a taça internacional.
Após a perda do título Estadual, o técnico Ênio Andrade substituiu Carlos Alberto Silva e Luiz Fernando perdeu a titularidade. No Campeonato Brasileiro, o meia Alberto, recém contratado, passou a ser o armador da equipe, que passou a ter dois volantes: Ademir e o recém-chegado Fabinho. Desta forma, continuou sendo aproveitando, mas entrando no decorrer das partidas. Sua situação na equipe piorou com o retorno do meia-esquerda Luiz Fernando, que havia disputado uma temporada pelo Marítimo de Portugal.
A polêmica Copa Ouro
Luiz Fernando Gomes atuou em apenas 9 partidas no segundo semestre, mas uma delas entrou para a história do clube e foi relacionada a uma de suas lesões. Aconteceu na primeira partida pelas quartas de final da Supercopa, contra o São Paulo, no Mineirão. Os confrontos também foram válidos pela Copa Ouro - competição que reunia os últimos campeões da Libertadores, Supercopa, Copa Conmebol e Copa Master da Supercopa. Os times argentinos, Velez (campeão da Libertadores) e Independiente (campeão da Supercopa) desistiram da disputa. Como o Cruzeiro (campeão da Copa Master) e São Paulo (campeão da Copa Conmebol) se enfrentariam pelas quartas de final da Supercopa, a Confederação Sulamericana aproveitou para colocar a taça em disputa.
A partida seguiu com lances violentos em campo, após o São Paulo abrir o placar aos 8 minutos. O polêmico árbitro Wilson de Souza Mendonça fazia vistas grossas. Aos 39 minutos, ele deixou de punir com cartão o zagueiro Rogério Pinheiro do São Paulo, que vinha de uma sequência de duas expulsões pelo Campeonato Brasileiro, após cometer uma falta violenta sobre o zagueiro Rogério do Cruzeiro. No lance seguinte, Rogério revidou e o árbitro lhe deu cartão vermelho. Na sequência, o árbitro deu cartão vermelho para o zagueiro Vanderci, por reclamação. A partida prosseguiu, mas aos 43', o árbitro deu cartão vermelho para o volante Fabinho e para o atacante Marcelo Ramos, por reclamação. Com 7 contra 11 o Cruzeiro conseguiu segurar o resultado de 0-1 até o intervalo. O técnico Ênio Andrade processou três substituições e uma delas foi a de Luiz Fernando Gomes no lugar de Alberto. No início do segundo tempo, Luiz Fernando caiu em campo e o departamento médico do Cruzeiro alegou que ele não teria condições de prosseguir jogando. Como a regra não permite que uma partida prossiga com um mínimo de 7 atletas numa equipe, o árbitro Wilson Mendonça foi obrigado a encerrá-la. O resultado de 1-0 para o São Paulo foi mantido. O Cruzeiro foi acusado de cai-cai para evitar uma goleada com 4 a menos em campo. O técnico Ênio Andrade contestou sobre a desconfiança da imprensa de que Luiz Fernando Gomes havia simulado a lesão pra que a partida se encerrasse dizendo: "a dor é subjetiva". Foi esta a participação de Luiz Fernando Gomes na Copa Ouro. Na partida da volta, no Pacaembu, o Cruzeiro derrotou o São Paulo com um time misto por 1-0 e levou classificação para a semifinal da Supercopa e o titulo da Copa Ouro na decisão por tiros livres.
Apesar de pouco aproveitado, Luiz Fernando Gomes teve o contrato renovado por mais 6 meses em 12/2/1996, já que Alberto não permaneceu no clube. No entanto, o Cruzeiro acabou trazendo o meia Palhinha do São Paulo, que estava em grande fase, e sua chance de voltar a ser o titular ficou cada vez mais distante. Disputou algumas partidas da campanha do título do Campeonato Mineiro de 1996 e foi emprestado ao Rio Branco de Americana (SP) em abril de 1996.
Foi envolvido na negociação do zagueiro Cléber Lima e foi emprestado ao XV de Piracicaba em 14/2/1997. Emprestado ao Londrina em 14/7/1997. Foi para a Ponte Preta em 1998.
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