SERGINHO - lateral esquerdo do Cruzeiro Campeão da Copa Ouro de 1995

SERGINHO. Lateral esquerdo. Sérgio Cláudio dos Santos (Nilópolis, RJ, 27/6/1971). Disputou 48 partidas oficiais e marcou 2 gols, além de 3 amistosos entre 1995/96. Campeão da Copa Ouro 1995, da Copa Master 1995 e Campeão Mineiro de 1996. 

Em seu primeiro ano de gestão, o presidente Zezé Perrella contratou 11 atletas pro início da temporada de 1995 (Estadual e Copa do Brasil). Foi uma medida inédita na história do clube. Por motivos diversos, à exceção do atacante Marcelo Ramos, nenhum se firmou.  Serginho foi um dos contratados, junto com Marcelo Ramos, Odemilson, Pingo, Tiganá, Junior, Luiz Fernando Gomes, Sandro, Missinho, Dinei e Maurício. Apesar do fracasso, os pacotes de contratações de temporada continuam acontecendo até os dias atuais.

O lateral esquerdo Serginho veio emprestado do Itaperuna (RJ), em 8/1/1995. Para tê-lo no time, o Cruzeiro cedeu 6 atletas ao Itaperuna: Michelli (goleiro), Helinho (lateral esquerdo), Eurico (meio-campo), Palhinha (meio-campo), Aelson (ponta direita) e Cadinho (ponta). Seu passe pertencia ao empresário Roberto Sued e a Norton Maciel quer era presidente do Itaperuna (RJ). O jogador havia tido passagens pelo Bahia e pelo Flamengo em 1994.

Veio para ser o reserva imediato de Nonato, mas como o lateral direito Odemilson foi afastado por lesão e o reserva Rodrigo Silva, recém promovido do Sub 20, ainda não convencia, o técnico  Carlos Alberto Silva chegou a utilizar Nonato na lateral direita em algumas partidas pelo Estadual, já que ele era destro. Com isso Serginho passou a ser aproveitado na equipe. No entanto, em agosto, o lateral direito Paulo Roberto não renovou com o Atlético (MG) e retornou ao Cruzeiro. Nonato voltou a lateral esquerda e Serginho foi para a reserva. Continuou sendo aproveitado entrando no decorrer das partidas pela Supercopa e Campeonato Brasileiro. No entanto, nas partidas em que entrou foi vaiado pela torcida. Rumores sobre uma possível saída por negociação revoltaram os torcedores que passara a acusá-lo de estar fazendo "corpo mole" nas partidas. Apesar disso, em 19/12/1995, o Cruzeiro pagou R$ 450 mil aos seus empresários pelos seus direitos.

Na temporada de 1996, permaneceu como reserva imediato de Nonato, até que foi envolvido, junto com o volante Belletti, numa negociação que agitou o futebol brasileiro no início daquela temporada. Em 18/3/1996, os clubes acertaram uma troca de atletas. O São Paulo cedeu 5 de seus atletas: o atacante Aílton, o zagueiro Gilmar, o lateral direito Vítor, o volante Donizete, além do meia-atacante Palhinha, que já estava jogando emprestado ao Cruzeiro, pelo lateral esquerdo Serginho e o volante Belletti. A troca foi benéfica para todos. O São Paulo ganhou muito dinheiro ao negociar Serginho e Belletti, anos depois, ao futebol europeu. Serginho e Belletti cresceram na carreira e atingiram o estrelato. O Cruzeiro ganhou os títulos da Copa do Brasil, os estaduais de 1996/97, além da Taça Libertadores. Palhinha, Vítor, Donizete, Gilmar e Ailton entraram para a história como campeões.